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O triunfo do bem
"Este sim, devería ser chamado de sargentão. Até que enfim que a nossa Justiça abriu os olhos. Parabens Sargento e lute pelo bem da Esmeralda. os portugueses já mostraram que estão consigo. Viva a Liberdade."
Pode parecer estranho, mas este pequeno texto introdutor, tem um fundamento. Estava a almoçar descançado, depois de mais uma injecção de notícias sobre a praia da Luz, e enquanto lia o JN, deparei-me com este comentário de um senhor de nome José António. Este textito, faz alusão á libertação ontém, do sargento Luís Gomes, o qual viu a sua pena reduzida pelo Tribunal da Relação de torres Novas. Mas eu pergunto? Onde é que foi feita Justiça? Na libertação do Sargento. Não me parece. Este é mais um caso mediatizado pela Comunicação Social, sempre pronta a arranjar bodes expiatórios e almas caridosas. O Sargento, caíu no goto da imprensa e transformou-se em alma caridos, salvador de um ser inofensívo, tanto quanto uma criança de meses o pode ser. Convém referir, que este senhor não é pai de ninguém, nem justiça nenhuma foi feita, tal como diz ali o senhor José António, na sua missíva de admiração. Este Sargento, manteve em cativeiro uma criança que lhe foi dada por uma mulher em desespero, sem sequer se ter preocupado com a opinião do pai, que segundo palavras da própria, nem sabía quem era. O pai verdadeiro, desde há muito tempo que anda em tribunais a tentar ganhar a guarda da sua própria filha, tendo-lhe sido sempre negada a sua pretensão. Então volto a perguntar... Onde está a justiça? Será que o senhor José António, que tanto elogia e bajula o Sargento no seu textito, já se pôs na pele do pai biológico? Será que o senhor José António é pai, antes de mais. Não deve ser, senão não aplaudia a libertação de um criminoso.
No Jornal de Notícias de hoje, vem uma notícia sobre este caso. " Não tenhas medo filha. Estes senhores não são maus." Esta é a frase do Sargento, que tenta confortar a "filha" que chama de Ana Filipa, perante o assédio da Comunicação Social. Mas que filha? Ele não é pai da menina. Ana Flípa? Mas o nome da pequenita é Esmeralda. Mas será possível que a justiça continue tão cega, quanto os portugueses, que como o senhor José António, apoiam este "sequestro"? Justiça será feita quando a pequena Esmeralda ficar a guarda do pai biológico, não agora. Isto é um circo montado. Até quando?
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